quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

"nomear é a violência que afasta o que é nomeado, para o ter sob a forma cômoda de um nome. [...] Nomear só foi dado a um ser capaz de não ser"
: maurice blanchot

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

pour mon ange

o dia não nascera e eu, madrugando, vi os anos trazendo nos braços a criança. ela era feita de lua, aquela grande pedra branca, que sempre de longe amei. tinha nas mãos estrelas, nos cabelos o perfume da pitangueira de manhã. os olhos eram feitos de mar e noite, mar e noite, mar e noite em que avancei e errei e onde vago em busca dos meus olhos, fechados com o sono dela.
aquele anjo que de longe amei hoje habita aqui, entranhado na aorta. tem nos olhos o silêncio do que diz. as mãos seduzem palavras. os lábios seduzem a mim. o riso clareia a madrugada. e ela me ensina, lenta e lindamente, os esboços da eteridade.

: em 25 de janeiro de 2 mil e 11.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

buscando foucault, derrida, deleuze, nietzsche, benjamin, blanchot etc... e na esperança de passar.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

recomendando:

o segredo dos seus olhos, filme argentino (eu acho), de juan josé campanella.

só a massa.

sábado, 15 de janeiro de 2011

ontem me encontrei novamente com ana, após tempo longo. inevitável abraçá-la. os olhos são os mesmos, de menina e de guardiã de segredos antigos. acho que são as lembranças das alturas, de quando era alada.

falamos sobre a terra. os homens caminham sobre ela, sobem montes e descem vales. muitas vezes só descem, descem fundo, lá fundinho, onde não tem luz. e pensam que brilham. rimos. meu anjo também falou, sobre outra terra, outros homens, outros vales. eu falei de minhas asas, ainda um projeto. estou querendo voar. mas preciso passar nos testes.

ana lembrou-se do seu tempo de alturas. vi saudade nos olhos e a constelação nas mãos, ainda tão brilhante, parece sangue vivo.

também comemos. regamo-nos de azeite, coca-cola e limão.

despedimo-nos com promessas de reencontro.

carpe diem.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

"a não ser deste modo em que não sou nem és
tão perto que tua mão sobre meu peito é minha
tão perto que se fecham teus olhos com meu sono"

: pablo neruda

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

às vezes a gente precisa:
tomar ar, fechar os olhos e pular

tô indo.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

aqui estamos nós
nas calendas de janeiro
o que será que vem por diante?