terça-feira, 27 de setembro de 2011

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

"Um prego fincado na carne, era o que parecia, doendo sempre, assim como um riacho corre."

[ângelo bruno oliveira, de meu encontro com a menina no chão vermelho.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

impressionista

Uma ocasião,
meu pai pintou a casa toda
de alaranjado brilhante.
Por muito tempo moramos numa casa,
como ele mesmo dizia,
constantemente amanhecendo.

adélia prado]

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

existe uma corrente neoliberal por aí proclamando o fim do livro. desde que me entendo por gente, sei desses que ameaçam o livro de morte. no entanto, à medida que cresci, cresceu também o número dessa espécie ameaçada ao meu redor. há mesmo agora muitos deles diante de mim, ali na estante, uns sobre os outros, uns ao lado dos outros, etc. um montão. não pretendo dar fim neles, eles me ensinam muito e, também, embelzam o ambiente.
com o que os conservadores como eu não contavam é com o golpe de misericórdia da apple sobre os frágeis espécimes de papel: o tablet, ou tablete, como prefiro, ou ainda tabuinha, para ser irônico. ele veio substituir os livros, eliminá-los da face da terra, suspender o fardo dos ombros delicados dos alunos com mochilas lotadas de tomos volumosos. é o que dizem, como marx disse que o socialismo ia ser a solução do mundo. não foi, olha a rússia, olha cuba. a psicanálise, também disseram, curaria os males da humanidade. também não deu certo. os neoliberais estão, a meu ver, imbuídos de uma espécie de complexo de vanguarda. parecem o marinetti querendo destruir o passado. mas o passado é indestrutível. os livros estão no alicerce de nossa civilização, retirá-los é acabar com tudo.
não que eu seja contra o pobre tablete, até que gosto dele. só me pergunto uma coisa: por que ele não pode viver em harmonia com o livro? pode, ué, por que não?