terça-feira, 31 de agosto de 2010

hoje, abrindo fernando pessoa ao acaso:
"conta a lenda que dormia
uma princesa encantada
a quem só despertaria
um infante, que viria
de além do muro da estrada"

: eros e psique

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

o poderoso chefão

essa semana entrei na loja e me deparei com a trilogia "o poderoso chefão", dirigida por francis ford copolla. comprei-a. no dia seguinte conheci don corleone, michael e toda as 5 famílias da máfia italiana. o final do filme deixou-me algo em aberto. vontade de ver o resto, o fim de michael corleone. mas se não visse estaria satisfeito. acho que a ideia ali era mostrar a transformação dele, o que copolla, ou puzo, fizeram com maestria - penso eu  na minha limitada compreensão de cinema.
agora há pouco vi a parte II. igualmente magnífica. mostra o mergulho total de michael na máfia. ele destroi a família e tudo que o cerca. fenomenal.
terá redenção? talvez o outro filme diga.
recomendo.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

à guisa de diário

acordei. o sol ainda sonolento. banho, pão, chocolate. leitura. fui. rimas, poemas, estrofes, conjunções, alencar, iracema, peri, ceci. voltei. arroz, feijão, suco. banho. words in english, going to, will, predictions, future. filmes, o poderpso chefão, desejei-o. pesos, dor, movimento, suor. voltei. banho. english again. ensino não há maior chamado. internet. redação. e-mail. house of english. erich auerbach. the mirror. aqui, nesta linha, agora, neste instante que já não é mais...

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

não há nada que eu queira dizer. hoje é dos dias que estou em silêncio. mas sei que tu virás aqui, por isso cá estou. são linhas pra ti, linhas só tuas. tuas linhas, ma vie.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

montesquieusianismo

noite.
"é preciso que o poder limite o poder."

: montesquieu
aliena voltou. novamente lutamos. eu parado, ela parada. com um prego fincado em sua existência.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Aliena libertou-me de suas cadeias. venci a luta vã. não sem algumas gotas de sangue e alguns raios de sol. mas ela está viva. chama-se História de Aliena.

companheiro de armas de drummond

Aliena está esquiva. sinto que a estou perdendo. busco recuperá-la, mas como se o instrumento de que disponho é a palavra? a palavra é curta, e Aliena está fundo.
entrevi o futuro da menina, mas não posso tocá-lo sem antes imprimir meus dedos aos seus oito anos. é mister que ela vença a feia caríbdis. mas como?

"Lutar com palavras é a luta mais vã. Entanto lutamos mal rompe a manhã. São muitas, eu pouco. Algumas, tão fortes como o javali. Não me julgo louco. Se o fosse, teria poder de encantá-las. Mas lúcido e frio, apareço e tento apanhar algumas para meu sustento num dia de vida. Deixam-se enlaçar, tontas à carícia e súbito fogem e não há ameaça e nem há sevícia que as traga de novo ao centro da praça."

Sábio drummond.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

tenho Aliena diante de mim. sua vida por um fio. mas como salvá-la? como fazê-la pular, reagir, se soltar e ter doze, quinze, vinte e um anos?
"...", é o que ouço.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Quintanismo

Todos estes que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão.
Eu passarinho!

: poeminho do contra
[Mário]

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

viagem ao lado de mulher

havia outro algo aqui. mas não calhava. era sobre uma mulher. estive meia hora a seu lado. sorria como se o mundo lhe devesse favores, mas creio que era uma boa pessoa. afinal de contas, seria má por quê?
a certa altura de nossa viagem, ela pegou algumas bolinhas - creio que eram brancas, ou talvez azuis, ou ainda marfins com toques de ouro - e seguiu com elas nas mãos, de quando em quando passando de uma para a outra os pequenos orbes. perguntei-me o porquê daquilo. quase perguntei a ela, mas me contive. ela falava com quem? ou para quem? acho que aquilo era solidão, dura solidão. pois nem a si mesma falava. seu coração não estava ali.
definitivamente, era uma mulher que precisa achar seu coração.
sem mais porque já está enfadonho.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

choro bandido

"os poetas como os cegos podem ver na escuridão"
(chico buarque de holanda)

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

a ilha do espelho foi encontrada. o espelho até agora intocado pela humana gente fremiu ao leve toque da poetisa. suas mãos de fada e seus olhos de oceano miraram-se no espelho. o que ela viu foi ela, fui eu, somos nós.

domingo, 1 de agosto de 2010

Roubados de Paulo

"A noite me pinga
uma estrela no olho
e passa."

"Abrindo um antigo caderno
foi que eu descobri:
Antigamente eu era eterno."


- Leminski