sábado, 15 de janeiro de 2011

ontem me encontrei novamente com ana, após tempo longo. inevitável abraçá-la. os olhos são os mesmos, de menina e de guardiã de segredos antigos. acho que são as lembranças das alturas, de quando era alada.

falamos sobre a terra. os homens caminham sobre ela, sobem montes e descem vales. muitas vezes só descem, descem fundo, lá fundinho, onde não tem luz. e pensam que brilham. rimos. meu anjo também falou, sobre outra terra, outros homens, outros vales. eu falei de minhas asas, ainda um projeto. estou querendo voar. mas preciso passar nos testes.

ana lembrou-se do seu tempo de alturas. vi saudade nos olhos e a constelação nas mãos, ainda tão brilhante, parece sangue vivo.

também comemos. regamo-nos de azeite, coca-cola e limão.

despedimo-nos com promessas de reencontro.

carpe diem.

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