quinta-feira, 18 de agosto de 2011

sim, sou lusitano, foi o que me disse o sangue ontem à noite. súbito, uma saudade vinda não sei de onde, veio e aninhou-se cá dentro. há pouco e pouco foi tomando forma e enxerguei os tempos de outrora. os amigos de outrora. as risadas de outrora. a rodoviária de outrora. súbito, descobri que eu só era casca, roído por dentro de saudade. então vi o rosto de vanda. pensei em outros rostos, amigos, queridos, cuja lembrança é hoje uma pontada no peito. não dormi. eles, como fantasmas amigos, convidavam-me para junto deles, para o passado, o querido passado dos temoos de Wonderland. o corpo pesado não me deixou ir.

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